Entidade alerta sobre desinformação em torno da "cura do Parkinson"
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia reforça a importância da responsabilidade na veiculação de informações em saúde
compartilhe
Siga noDiante da circulação de notícias sensacionalistas que sugerem a existência de uma suposta "cura" para a doença de Parkinson, a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) vem a público esclarecer que "tais informações são infundadas, irresponsáveis e sem qualquer respaldo científico", conforme a entidade divulga em nota oficial enviada à imprensa.
“A divulgação de promessas milagrosas preocupa profundamente, pois pode levar pacientes e familiares a decisões desesperadas, como vender bens ou comprometer suas finanças em busca de um tratamento com promessa de cura - o que não corresponde à verdade”, alerta na nota diretora de comunicação da SBN, Vanessa Milanese.
Leia Mais
Segundo a especialista, há tecnologias avançadas disponíveis, como o ultrassom focalizado de alta intensidade, que têm custo em torno de R$ 180 mil em cada hemisfério cerebral, para ajudar no controle dos sintomas de tremor essencial e na doença de Parkinson. A SBNa reforça o compromisso com a população sobre a importância de se ter um neurocirurgião treinado na realização de procedimentos por estereotaxia, realizando o procedimento de forma criteriosa.
- Parkinson: condição acomete homens e mulheres com idade superior a 50 anos
- Dormir mal pode estar associado ao risco de ter Parkinson e Alzheimer?
“Mesmo quando indicados corretamente, esses procedimentos podem ter efeitos colaterais temporários por um a três meses, como dormência e dificuldade para andar, mas com uma lesão adequada, o benefício é duradouro”, explica a médica.
Estudos internacionais de longo prazo, conduzidos em países como Coreia do Sul e Canadá, mostram que, apesar de alguns efeitos adversos iniciais, a maioria dos pacientes experimenta melhora significativa dos sintomas colaterais após um ano de fisioterapia. Por outro lado, casos sem qualquer efeito colateral inicial podem apresentar recidiva dos sintomas em até cinco anos, demandando novos procedimentos.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia