Delator na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (13/6), em Brasília (DF). Inicialmente, foi informado que Mauro Cid havia sido preso novamente. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou o pedido de prisão e não chegou a ser cumprida, conforme apontado pela defesa do tenente-coronel.

A nova prisão está relacionada a uma investigação sobre uma suposta tentativa de obtenção de aporte português para viabilizar sua saída do país. Na manhã de hoje, a PF também prendeu o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, em Recife (PE), suspeito de ter articulado o pedido junto ao consulado de Portugal.

Segundo a PF, a tentativa de obtenção do documento foi interpretada como uma possível manobra para atrapalhar o andamento da ação penal da trama golpista, da qual Cid é réu. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a abertura de investigação, considerando que a conduta pode configurar obstrução de justiça e favorecimento pessoal.

A PF identificou que, em maio deste ano, Machado procurou o Consulado de Portugal em Recife, mas não teve sucesso no pedido. Há a suspeita de que ele pudesse buscar outras representações diplomáticas com o mesmo fim. Em janeiro de 2023, antes de sua primeira prisão, Cid já havia buscado assessoria para obter a cidadania portuguesa.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Na última terça-feira, quando o pedido de investigação foi feito, Gilson negou que tenha atuado em favor de Cid. Ele afirmou ter ido ao consulado para tratar do aporte do pai. “Estou surpreso. Nunca fui atrás de nada a respeito de Mauro Cid. Tratei do aporte para o meu pai”, declarou. Já Cid disse desconhecer a tentativa e seu advogado, Cezar Bitencourt, afirmou que o militar não tinha interesse em deixar o Brasil.

*Matéria em atualização

compartilhe