A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, nesta quinta-feira (6/2), um projeto de lei que reconhece o valor ecológico, paisagístico e cultural da Mata do Izidora, na Granja Werneck, na Região Norte de Belo Horizonte. De autoria do vereador Bruno Pedralva (PT), a proposta recebeu 33 votos favoráveis, sete abstenções e nenhum voto contrário.

Pedralva lembrou do histórico de luta da região, que atualmente abriga a Ocupação Izidora e reivindica a urbanização da área. O terreno já é classificado como Proteção Ambiental I (PA-1), grau máximo de proteção do município, e o projeto reforça a preservação da mata no âmbito do Legislativo.

“Estamos falando da famosa região da antiga fazenda Werneck, que, ao longo da história, já teve muitas polêmicas e discussões sobre o que seria feito da região. A gente enfrenta a questão da Ocupação Izidora, uma luta muito justa com milhares de pessoas reivindicando o direito à moradia, mas também temos a necessidade de preservar a região que é uma das grandes áreas verdes que ainda restam em BH”, disse Pedralva.

“É uma região que envolve mais de mil hectares de área de preservação. Isso significa mais de 100 mil metros quadrados. A comunidade sabe muito bem que não é toda essa área que é possível virar parque, e a comunidade que conhece, nasceu lá, frequenta as trilhas, propõe nesse projeto que a área que envolve 35 mil metros quadrados possa ser transformada em um parque”, explicou.

A criação de um parque é de competência da prefeitura, mas, segundo o petista, o projeto é o primeiro o para a transformação da região. O parlamentar destacou que o terreno compreende 64 córregos, 280 nascentes e mais de 150 espécies de fauna local. “Temos uma grande possibilidade de dar uma contribuição para a comunidade, mas também para o povo de Belo Horizonte e nossa Região Metropolitana, preservando uma das grandes áreas verdes que ainda restam aqui na região”, completou.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Antes de ser sancionado ou vetado, o projeto ainda precisa ser aprovado em segundo turno pelo Plenário.

compartilhe