Governo britânico prioriza defesa e saúde em seu orçamento

A ministra britânica da Economia, Rachel Reeves, apresentou seus planos orçamentários para os próximos anos nesta quarta-feira (11), com bilhões de libras para Ministérios da Saúde e Defesa e cortes nas pastas das Relações Exteriores e Transportes. 

A prioridade é "investir na segurança do Reino Unido, na saúde e no crescimento econômico", afirmou Reeves em um discurso aos parlamentares britânicos. 

Graças aos aumentos de impostos anunciados há alguns meses, especialmente as contribuições patronais, os orçamentos do governo aumentarão 2,3% ao ano em termos reais até o final da década, indicou Reeves. 

O aumento no setor de defesa já foi aprovado, e o Reino Unido planeja aumentar seu orçamento militar para mais de 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2027 e 3% até 2034, em detrimento da alocação para ajuda internacional ao desenvolvimento.

O serviço de saúde pública (National Health Service, NHS), que sofre com subfinanciamento há anos, mas é extremamente caro, recebeu nesta quarta-feira a promessa de um investimento recorde de 29 bilhões de libras (R$ 216 bilhões) até 2028-29, representando um aumento anual de 3%. 

Embora Reeves não tenha entrado em detalhes sobre os ministérios menos favorecidos em seu discurso, anunciou uma economia de 1 bilhão de libras (R$ 7,49 bilhão) no orçamento para solicitantes de asilo, enquanto a polícia terá que se contentar com um aumento anual de 2,3%, a média geral. 

Segundo um documento publicado no site do governo ao final de seu discurso, os ministérios cujos orçamentos atuais sofrerão os maiores cortes são Relações Exteriores (uma queda de quase 7% até 2029) e Transportes (-5%).

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