Minas Gerais começou 2025 com força total no mercado de trabalho. Com 75,89 mil novas vagas no primeiro trimestre, o estado ficou atrás apenas de São Paulo em geração de empregos, segundo o Novo Caged. Em março, o saldo mineiro foi de 18,1 mil postos com carteira assinada, superando expectativas e mostrando vigor na retomada econômica.
Apenas o setor de Comércio teve desempenho negativo, com 846 vagas a menos. Os demais — Agropecuária, Serviços, Construção e Indústria — registraram saldo positivo, consolidando Minas como motor da economia nacional.
Agropecuária lidera a retomada do emprego em março
O grande protagonista da geração de empregos em Minas foi o setor agropecuário, com 7,3 mil novas vagas apenas em março. O avanço das colheitas e o aumento da demanda por mão de obra rural impulsionaram o resultado.
Serviços, com 6,5 mil empregos, e Construção, com 3,4 mil, também puxaram a alta. A Indústria somou 1,6 mil novas oportunidades, consolidando um cenário de recuperação ampla e diversificada no estado.
Jovens e homens foram maioria entre os contratados
Entre os trabalhadores beneficiados, jovens entre 18 e 24 anos lideraram os números, com 9,5 mil contratações líquidas. A maioria dos novos postos foi ocupada por homens (13,4 mil), e pessoas com ensino médio completo somaram 9,2 mil vagas.
Esses dados mostram que o dinamismo do mercado está especialmente voltado à mão de obra jovem e com escolaridade intermediária — um sinal positivo para a inclusão de novos profissionais.

Municípios do interior surpreendem na geração de vagas
Minas Gerais também se destacou pela distribuição regional dos empregos. Paracatu, no Noroeste do estado, registrou o melhor saldo municipal, com 1,3 mil novos postos. Cidades como Unaí, Rio Paranaíba, São Gotardo e Juiz de Fora também apresentaram desempenho acima da média.
Esse movimento confirma o papel estratégico do interior na retomada econômica, com forte presença do agronegócio e de polos industriais descentralizados.
Brasil gera 654 mil empregos e projeta crescimento
No cenário nacional, o Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com 654,5 mil empregos formais, puxados pelo setor de Serviços (362,8 mil vagas). São Paulo liderou o ranking estadual, com Minas Gerais logo atrás.
Apesar dos bons números, os desafios persistem: é preciso investir em qualificação profissional e acompanhar as transformações tecnológicas. Setores como energia renovável e tecnologia devem ganhar protagonismo nos próximos meses, elevando a expectativa de uma geração de empregos ainda mais robusta ao longo do ano.