BALANÇO

Gerdau lucra R$ 758 milhões no 1º tri e estuda redução em investimentos

Companhia siderúrgica avalia a redução de investimentos. No entanto, destaca que Minas Gerais segue como uma das prioridades

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A Gerdau, um dos principais grupos siderúrgicos do país, encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 758 milhões, alta de 14% em relação ao trimestre anterior, mas ainda 36% abaixo do resultado obtido no mesmo período de 2024, quando o ganho foi de R$ 1,2 bilhão.

Segundo a companhia, o desempenho foi sustentado principalmente pelas operações na América do Norte, que compensaram a retração do mercado brasileiro.

Minas Gerais, no entanto, permanece como prioridade estratégica para a companhia. Segundo o CEO Gustavo Werneck, mais da metade dos R$ 6 bilhões previstos em investimentos globais para 2025 está concentrada no estado.

“Minas Gerais é um estado muito relevante para a Gerdau e vai continuar sendo. Estamos implementando um investimento muito importante em mineração sustentável, que entra em operação em janeiro do ano que vem”, disse.

Entre os projetos em curso, a empresa destaca a ampliação da produção de bobinas a quente em Ouro Branco e a operação sustentável da mina de minério de ferro Miguel Burnier, em Ouro Preto, que recebeu certificação internacional da Iniciativa para Garantia de Mineração Responsável (IRMA).

“Recebemos o reconhecimento do padrão IRMA, a Iniciativa para Garantia de Mineração Responsável, por nossa mina de minério de ferro Miguel Burnier, em Ouro Preto. A operação atingiu o nível IRMA 50, juntando-se a um seleto grupo de apenas 11 minas no mundo que obtiveram essa certificação”, afirmou Werneck. 

“Essa expansão (da produção de bobinas) eleva a representatividade dos aços planos no nosso portfólio no Brasil, permitindo que a Gerdau ofereça uma gama maior de produtos com alto valor agregado aos nossos clientes”, explicou o CEO.

Apesar do foco em expansão, a companhia avalia a possibilidade de revisar para baixo a aprovação de investimentos futuros (CapEx) diante da escalada das importações de aço no Brasil e da lentidão na adoção de medidas de defesa comercial.

A penetração do aço importado no mercado interno chegou a 22% no trimestre, quase três pontos percentuais acima do período anterior. “O sistema de cota-tarifa não tem cumprido seu papel. A Gerdau não busca proteção, mas sim condições de competição isonômica”, afirmou o executivo, ressaltando que o sistema tem sido ineficaz.

Segundo Werneck, a manutenção do atual nível de investimentos a partir de 2026 dependerá do posicionamento do governo federal, que deve anunciar novos mecanismos de defesa comercial até o fim de maio, quando o cota-tarifa completa um ano. Até lá, os R$ 6 bilhões previstos para este ano seguem inalterados.

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No trimestre, a Gerdau investiu R$ 1,4 bilhão, sendo 60% desse montante direcionado a projetos de crescimento e competitividade. O Ebitda ajustado somou R$ 2,4 bilhões, enquanto as vendas físicas de aço atingiram 2,9 milhões de toneladas entre janeiro e março, mesmo "sob um ambiente de sobreoferta e pressão de preços", conforme destacado pela empresa.

Durante coletiva de imprensa, a empresa também anunciou o cancelamento de um projeto voltado ao setor automotivo no México. A decisão foi motivada pelas incertezas no cenário global de tarifas, que vêm provocando alterações estruturais no mercado de aços especiais.

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